sábado, 28 de novembro de 2009

Pegando na palma, era quem nada pediu



Sempre podia ser igual era; às vezes igual ‘quando Ela’, semelhante a Ela, que caminhou e... Encaminhou: passou minha mão adiante mão agora distante , passou-a adiante no tempo, passou-a, bem diante de mim, à frente. E agora, de antes, esperou e, de repente, eis que sumiu: na areia, na água. Quando viu já não era mais ninguém, não era ela, era porta e trinco e tapete desconsiderado; negação repetida, a tinturaria da invenção desnecessária. Foi que vira: era sempre igualmente diferente do que era. Quando viu era igual ‘jamais não era’, quando viu, já não era mais ontem.







sábado, 14 de novembro de 2009

"nessa construção nova"



NUNCA HAVIA ME ALEGRADO TANTO pela fragmentação e pela necessidade e o fracasso de juntar, pois só o que recebia era segmentação inesperada e um novo resultado imediatamente pressuposto. Tal qual supor uma história inteira, ou como inesperar que um tempo nunca termine.


***

O meu resultado foi: interrupção seguida, disfemia aceitada e amor ao estranhamento recebido de um estranho próximo e maior. Amei humildemente seus dois olhos divertidos, que não me amavam e nem me queriam ver na totalidade. Senti-os, e os pressupus também, naquilo que eles pareciam jamais querer presenciar em cor e em grau, através das fortes lentes ensebadas, tão rentes a suas sobrancelhas tão inquisidoras, fatais.
Não importa o que queria se só se queria flagelação e autoflagelação em sua frente. Soube sobre e sob os dois, e a negação estava clara, desde muito. Como o não se perpetuando em meu corpo.

Como não perpetuado pela vida.