sábado, 11 de dezembro de 2010

Presente sem começo


fazendo parte do recomeço estranho que era também perceber, abrir, olhar e fechar olho; chamar, esquecer e relembrar; sonhar, levantar e sair acordado para se encontrar com o que é dito real, fruto do que não passa de esquecimento puro de muito.

 Subtraindo o começo da história, a coisa seria mais simples. Ouvindo com cuidado o ruído da alimentação com o garfo no prato e a tritura dos alimentos. Ficando a partir daí. Do som humano e digno. Som sábio para quem quer aprender. Mexeria, reviraria e se nutriria aos poucos, tentando ser eficaz e eliminar. Estar presente. E estar tão presente, então, é ver passar. É prestar bem atenção ao que foi e ao que está sendo; ao que desce e ao que está descendo, ao que ocorre a nossa fisiologia e a de quem se aproxima devagar.