sábado, 28 de julho de 2012

O aterro que desterre


Quando o que tinha, mesmo o que valia, virava um grande lixão: um lixão de grande porte — que recebia qualquer coisa que possuísse ou que pensasse possuir ou que, ainda, pensasse em possuir. Mas se tinha que ser constituído por posses! — mas que se tinha que admirar e ser alvo e ser objeto. E que se tinha que cumprir. 

O grande terreno baldio estava presente em sua amplitude, parecendo não poder receber mais nada; o que antes valia, estava com ele agora; com ele, os depósitos que recebe pareciam mesmo valer tanto outrora — valia a ideia, valia a vontade, reluzia a nota e chamavam a atenção os mínimos artefatos, que um dia se disseram uteis demais. Glicério, Gramacho, o que cabia neles. 

Usava-se de nomes pela primeira vez, para representar o grande aterro em que mal cabia.