sábado, 22 de junho de 2013

Se os ouvidos fossem estourar e os olhos saltassem para fora, seria que não haveria mais transbordar de nenhuma das coisas que se atualizavam para nós todo o tempo; ficando se propondo, se vindo e se aproximando múltiplas do momento já não mais desfeito do agora que aconteceu.



E o agora não podia nunca deixar de existir e nem nós deixar de existir para o agora, porque ele era para nós e quando foi feito disseram que ele era bom, devendo ser provado como um pedaço de torta saída do forno divino neste instante que devia ser mais sagrado outrora ou ainda mais sagrado do que o podíamos fazer(?). Ou nada mais devia ser sagrado. 

Tem um gosto peculiar. Sente o estourar no canto, nas covas onde as glândulas salivares se excitam fazendo cócegas. 

O que você nos diz quando se cansa de analogias e quando se cansa de estar sendo retrógrado? Deixando de ter interesse de falar sobre a terça-feira ou sobre a quinta-feira. De como a semana passou depressa demais e de como será quando o próximo dia de descanso virá. 
O dia de descanso perdeu seu sentido quando o cansaço passou a ganhar um sentido maior do que aquele que se estava querendo sentir ou aquele que já se experimentou mas que foi breve demais para recordar propriamente. 
Do desprezo de se cansar a uma luta inimaginável: se estimulava em silêncio; lembrando como quando não se podendo calar a boca se falava sobre o cansaço, mesmo sem ação alguma.