— Bem, mas como vou continuar, se não consigo deixar de pensar no que acabei de vivenciar mas que devia ficar para trás.
Não posso continuar enquanto não for suficiente — propriamente suficiente — de fazer o que gostaria de ver e o que gostaria de ter; o que não encontro.
Sabe o que quero dizer? Fazer o que queremos por não termos o que queremos e criar aquilo do que fomos privados.
Criar o que não estamos tendo, como que fosse te criar um pouco e você me criar um pouco.
"é ser arrancando repetidamente o seu próprio dente de leite na infância; tinha que tirá-lo da boca com a ponta dos dedos, sentir soltando vagarosamente; e seu estalido ao se desprender totalmente e o gosto de sangue na língua!".
(...)
Caminhavam juntos e caminhavam separados para poder caminhar mantendo um ao outro; se mantendo assim também. Deixando as pegadas que seriam logo em seguida apagadas.
Um comentário:
Tudo que foi dito é somente sobre dor, que nasce e renasce, mesmo após tantas tentativas de arrancá-la de dentro.
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